by Nice Padilha
Há sentido na dor? Dizem os sábios que se não fosse por ela não conheceríamos a delícia do bem estar. Os grandes artistas, escritores enfim, as grandes obras foram executadas em momento de grande consternação, seria a dor criadora? Musa inspiradora?
Nosso mundo foi criado através de um sistema binário, sim-não, bem-mal, céu-inferno, dor-prazer, claro-escuro, dia-noite, homem-mulher (mesmo no homossexualismo um é homem e outro mulher), preto-branco, azul-rosa, água-fogo, terra-ar, grande-pequeno e vice-versa. A dor é criadora, fortifica dizem os especialistas. Esses especialistas já tiveram dor?
Nós mulheres somos excelência na dor, temos Pós-Phd no assunto. Desde a mais tenra idade somos cultivadas para a dor ao colocar um brinco sem mesmo saber do que se trata, mais tarde com cólicas, depilação, parto, violência, dor provocada pelos maridos, filhos enfim, trata-se de um vasto currículo. Hoje se pode confirmar pelos noticiários a cerca da violência contra a mulher e seu poder de se reerguer, porque um homem, por muito menos, não se reergue, não sem o auxilio de uma mulher, são poucos que fogem a essa regra.
Nos primórdios do mundo, as sociedades eram matriarcais, o homem apenas protegia, provinha e procriava. O poder manso, calmo e sereno, porém sábio era das mulheres, um direito de fato pela divindade feminina. A mulher tinha o poder pela sabedoria e o homem a tomou pela ganância e podemos constatar isso até hoje. A força do homem é bruta, calculista e fria, ao ponto de matar uma criança para vingar a mulher que o deixou. E nós mulheres ainda nos apaixonamos por eles, desejamos dar-lhes filhos para perpetuar a espécie e provar sua virilidade. A mulher ficou burrificada com o avanço do século, ela demonstrou poder por trás do trono, está assumindo o mercado de trabalho em cargos de chefia, mas continua sob o jugo da dor, da moral, da ética e dos bons costumes.
Uma mulher que decide viver sozinha e usar homens apenas para reposição hormonal fere o pseudocódigo de ética, moral e bons costumes, enquanto os eles, continuam machistas, isentos de culpa numa traição, e sem compromisso. A mulher foi transformada de matriarca à popozuda. Uma mercadoria posta em prateleiras onde se aplica silicone, e quanto mais deformada ficar, mais bombada, maior seu valor. O silicone, peitão e popozão substituíram o cérebro feminino?
Penso que houve uma inversão de valores numa perversa e contraditória guerra dos sexos quando na verdade a mulher apenas tentou buscar seu lugar de direito. Direito a ter direitos iguais enquanto ser humano e não em ser igual ao homem. Pois como já disse, o mundo foi constituído de forma binária, homem-mulher e nessa sincronia os dois devem se completar e permanecer cada um desempenhando seu papel e respeitando o outro.
Afinal, o grande mal do século, mãe e pai de todas as desgraças do ser humano é essa desestrutura da família, onde a mulher assumiu dois papeis vários compromissos devido às circunstâncias resultantes dessa guerra idiota entre homens e mulheres. Ainda não compreendemos que a família é sagrada, que filhos são um compromisso de no mínimo 18 anos e não uma “coisa” que muitos esperam chegar a maioridade para se livrar, ou pior, se livram antes onde eles acabam encontrando a forma de viver nas ruas, nas drogas e na prostituição. Na verdade, o que nos falta e acredito que deva até ter sumido de nossos DNAs é o compromisso e consciência para com o ser humano.
Achei o texto maravilhoso. Uma reflexão muito sábia e bem colocada. Parabéns. Agora quero socializar uma coisa ruim: Ontem tive uma experiencia terrivel com o Secretário municipal de educação de Natal (o tb vice-presidente do PV no RN) o senhor Walter Fonseca. Não me recordo de ter conhecido alguém tão mal educado, triste, frio e desumano. Se ele foi, como sempre conta, uma pessoa humilde, com certeza se perdeu pelo caminho do poder. Talvez pense ser eterno e inatingível para sempre.
ResponderExcluirObrigada querida, temos que enfrentar seguido pessoas dessa estirpe, infelizmente. Mas sempre na premissa que dias melhores e pessoas melhores virão. Bjão
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